quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Arquitetura de TI como Estratégia Empresarial

Uma compilação das informações do Livro com mesmo nome da Harvard Business School Press de autoria de Jeanne W. Ross, Peter Weill e David C. Robertson

 


Você tem um bom alicerce de execução?


Um alicerce de execução efetivo depende de um alinhamento minucioso entre os objetivos de negócios e as capacidades de TI. Para esse fim, a maioria das empresas adota processos de negócios e sistemas de TI usando uma lógica bastante direta. O processo reinicia-se sempre que a administração define outra iniciativa estratégica.


Este processo falha de três maneiras, pelo menos. Primeiro, a estratégia nem sempre é clara o bastante para determinar a ação. Segundo, mesmo que a estratégia seja clara o bastante para determinar a ação, a empresa implementa mediante um processo seqüencial e fragmentado. Terceiro, como a TI está sempre reagindo à iniciativa estratégica mais recente, ela é sempre um gargalo.


 


Como construir um alicerce de execução?


Para construir um alicerce de execução eficiente, as empresas precisam dominar três disciplinas-chave:


•  Modelo Operacional . O modelo operacional é o nível necessário de integração e padronização dos processos de negócios para oferecer bens e serviços aos clientes.


•  Arquitetura Empresarial . A arquitetura empresarial é a lógica organizacional dos processos de negócios e da infra-estrutura de TI, refletindo os requisitos de integração e padronização do modelo operacional da empresa.


•  Modelo de envolvimento da TI . O modelo de envolvimento da TI é o sistema de mecanismos de governança que assegura que os projetos de negócios e de TI atinjam os objetivos tanto locais como da empresa em geral.


 


Percorra os Estágios de Maturidade da Arquitetura Empresarial


Felizmente as empresas seguem um caminho bastante previsível para conseguir um alicerce para execução dos negócios, e seguem um padrão consistente para conseguir suas próprias arquiteturas empresariais. Dá-se o nome a esse padrão de os “ quatro estágios de maturidade da arquitetura”.


•  Arquitetura dos Silos de Negócios : quando as empresas procuram maximizar as necessidades de cada unidade comercial ou as necessidades funcionais.


•  Arquitetura da Tecnologia Padronizada: proporciona eficiência da TI por meio da padronização tecnológica e, na maioria dos casos, da maior centralização da administração tecnológica.


•  Arquitetura de Núcleo Otimizado: proporciona a padronização de dados e processos na empresa como um todo, conforme o apropriado para o modelo operacional.


•  Arquitetura da Modularidade dos Negócios: quando as empresas administram e reaproveitam componentes livremente associados dos processos de negócios habilitados pela TI, com o intuito de preservar os padrões globais e, ao mesmo tempo, habilitar diferenças locais.


 


Os Quatro Estágios de Maturidade da Arquitetura


 




Estágio 1: Silos de Negócios


O papel de TI no estágio do Silo de Negócios é automatizar processos de negócios específicos. Com isso, os investimentos de TI são usualmente justificados com base na redução de custos. EM um ambiente de Silos de Negócios bem administrado, os gerentes comerciais concebem processos de negócios e especificam a necessária funcionalidade da TI. Esta última, então, desenvolve ou compra um aplicativo para atender plenamente aos requisitos. Idealmente, a atividade dos sistemas neste estágio gera uma solução 100% para a necessidade de negócios especificada.


Estágio 2: Tecnologia Padronizada


No estágio da Tecnologia Padronizada, as empresas transferem parte de seus investimentos de TI das aplicações locais para a infra-estrutura compartilhada. Nesse estágio, as empresas estabelecem padrões tecnológicos destinados a reduzir o número de plataformas que administram. Menos plataformas significam menor custo. No estudo efetuados pelos autores, empresas com Tecnologia Padronizada tinham orçamentos de TI 15% mais baixos que as empresas de Silos de Negócios. Mas menos plataformas também significam menos opções de soluções de TI. As empresas estão dispostas a cada vez mais aceitar esta barganha.


Além de consolidar e padronizar o hardware, as empresas no estágio da Tecnologia Padronizada começam a reduzir o número de produtos de software que desempenham funções similares.


Na pesquisa efetuada por este estudo, 48% das empresas entrevistadas se concentravam neste estágio.


Estágio 3: Núcleo Otimizado


Neste estágio, as empresas passam de uma visão local de dados e aplicações para uma visão empresarial. A equipe de TI elimina redundância de dados extraindo dados sobre transações a partir de aplicações individuais e disponibilizando-os para todos os processos associados.


Estágio 4: Modularidade dos Negócios


Este estágio possibilita a agilidade estratégica por meio de módulos customizáveis e reutilizáveis.


 


Aprendizado Organizacional: A Chave para Gerar Valor a partir da Arquitetura Empresarial


Conforme transitam pelos estágios arquitetônicos, as empresas mudam fundamentalmente o modo como fazem negócios. As empresas do estágio 1, que implementam processos habilitados pela TI sem dar grande atenção às sinergias comerciais com outros processos, não se parecem em nada com as empresas do estágio 4, em que módulos de processos de negócios reutilizáveis já se tornaram uma disciplina central e a empresa já traçou cuidadosamente uma divisa entre processos e dados locais e gerais.


 


Aprendendo a Se Beneficiar dos Quatro Estágios Arquitetônicos


O aprendizado organizacional bem-sucedido em cada dimensão resulta em maior volume de negócio e aumenta a importância estratégica da TI na empresa.


2 comentários:

Unknown disse...

Gostei muito da compilação. Parabéns pelo post. Aproveito para pedir bibliografia que envolva o assunto de evolução da maturidade da arquitetura de TI de uma organização.
Obrigado,
Vinicius

Unknown disse...

Obrigado pelas informações! Foram de grande valia.